Nada urgente, claro. Foi como nossos bichinhos de estimação: sairmos por cinco minutos ou horas, pra eles é quase o mesmo. O tempo ali não foi palpável, abstração total. Meu marido, a pessoa que mais convive comigo, me percebeu com menos momentos de tristeza. Sou uma pessoa essencialmente alegre, e o meu amor percebeu que vivi ainda mais a minha vida. Dei mais atenção, olho no olho, valorizei mais as coisas pequenas.
Interessante que o “mais” geralmente ganha mais espaço no nosso interesse. Por aqui, o “menos” foi a pauta. Assim como meu livro de cabeceira, Essencialismo, assim como os documentários do Minimalismo (Netflix), aqui o espaço em branco ganhou mais brilho.
A tpm acabou. A lua veio. Com ela, as frustrações, incertezas e também as belezas desse desaguar. Me sinto novamente conectada em mim, recolhendo meus ossos (citando Mulheres que Correm com Lobos).
O da coragem de ir e vir.
O da autenticidade sobre minhas rotinas.
O da liberdade de criar e atuar no profissional como acredito.
O de Amar, curtir o Agora com simplicidade.
O de relações mais profundas.
O de acolher meu espelho, minhas fases.
O de menos, que de algum forma sempre habitou em mim e eu achava que “certo” era o grito externo. Era o meu sussurro sim.
Um comentário
Ana Cristina Bezerra
Que experiência linda, Flavinha! Quantos aprendizados. 🙂
E termino de ler seu texto inspirada a buscar por aqui também a minha forma de servir nesses espaços.
Gratidão por compartilhar suas reflexões.